Linearizar ou não?
Será que linearizar um problema é sempre uma boa estratégia?
Vamos lá?
Na aula passada vimos que nem toda função utilizada em um ajuste é combinação linear de funções conhecidas. Quando isto acontece, não temos como usar a estratégia de ajuste por quadrados mínimos linear. As vezes é possível linearizar o problema, mas será que a solução desse problema linearizado é mesmo boa?
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A solução ótima do problema linearizado é...
Ao observar os dados, pareceu razoável ajustá-los por uma gaussiana.
Os parâmetros a determinar são, a amplitude da gaussiana, sua média e variância. Ou seja, queremos determinar coeficientes
Como
Com esta transformação, o problema de ajuste linear torna-se determinar o polinômio de grau 2 que melhor se ajusta aos dados
Na figura abaixo é possível ver os dados transformados e o polinômio de grau 2 que melhor os ajusta. O resíduo deste ajuste foi
Como o domínio
Nas variáveis originais, o ajuste obtido está exibido na figura a seguir. O resíduo deste ajuste foi
Ao observar esta figura ficamos com a sensação de que deve haver uma gaussiana que se ajuste melhor aos dados
Será que esta gaussiana, que teve um ajuste tão melhor que a anterior, quando convertida novamente para o domínio
Desta forma, concluímos que a propriedade de otimalidade do ajuste não é preservada por transformações não lineares. Em outras palavras, um ajuste ótimo em um domínio pode não ser ótimo em outro, quando a relação entre os domínios for não linear.
Como aprendizado, devemos ficar conscientes de que o ajuste obtido pela linearização do problema deve ser utilizado com cautela. Se a solução obtida desta forma não for aceitável, ou quando nem é possível realizar a linearização do problema, só nos resta resolver diretamente o problema de ajuste não linear. Como fazer isto é assunto para outra aula.
Neste exercício você deve perceber que o mínimo de uma função pode não ser preservado por transformações. Considere
para
(a)