Elza te conta – números anteriores

2020      No 1 – outubro          No 2 – novembro          No 3 – dezembro

2021      No 4 – janeiro          No 5 – março          No 6 – abril          No 7 – maio        No 8 – junho

No 9 – setembro          No 10 – outubro          No 11 – novembro          No 12 – dezembro

2022       No 13 – Maio           No 14 – Junho            No 15 – dezembro

Eleição de representantes 2023

Estão abertas as inscrições para candidatas na eleição de representantes das seguintes categorias do Grupo Elza:

1. alunas de graduação do IMECC – 2 vagas – mandato de um ano;

2. alunas de pós-graduação do IMECC (mestrado, doutorado e pós-doutorado) – 2 vagas – mandato de um ano;

3. funcionárias do IMECC – 1 vaga – mandato de dois anos; e

4. professoras do IMECC – 1 vaga – mandato de dois anos.

Para participar como representante você deve ter disponibilidade para auxiliar nas atividades e participar das reuniões quinzenais do grupo.

Para se candidatar basta enviar um e-mail para imeelza@unicamp.br com o assunto “Eleição” e no corpo do e-mail enviar nome completo e a categoria de representação (funcionária, graduação, pós-graduação, professora) até às 15 horas do dia 12 de setembro de 2023.

A eleição será realizada através do sistema eletrônico e-voting, mantido pela Unicamp, no período de 13/09/2023 (iniciando às 10h) a 15/09/2023 (encerrando às 15h). Maiores informações sobre como votar serão enviadas posteriormente a todos os membros do colégio eleitoral através do e-mail institucional.

Participe!

 

Chelsea Walton

Chelsea Walton, 36, norte-americana, é formada em Matemática na Universidade Estadual do Michigan, com pós-graduações na Universidade de Washington e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). É considerada um gênio da álgebra.
As pesquisas de Chelsea são na área de álgebra não comutativa, geometria algébrica não comutativa, simetria em mecânica quântica, álgebras de Hopf e grupos quânticos.
“Em geral, minha pesquisa está na área da álgebra não comutativa, que envolve estudar estruturas algébricas que tenham multiplicação não comutativa (onde X vezes Y não necessariamente seja igual a Y vezes X)”, contou ao Gizmodo (Uol).
Em fevereiro de 2017, foi nomeada Fellow da Sloan Foundation, que premia cientistas excepcionais em início de carreira.
Chelsea foi professora-assistente na Universidade Temple, na Filadélfia, e atualmente é professora associada na Universidade de Illinois em Urbana – Champaign.
Ainda ao Gizmodo, Chelsea conta “Eu amo matemática, porque passo maior parte do dia tentando inventar e comunicar (novas) verdades”.

Marcelle Soares-Santos

A astrofísica Marcelle Soares-Santos de 37 anos, brasileira, é graduada em física pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), mestra e doutora em astronomia pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é professora assistente de Física na Universidade Brandeis, nos Estados Unidos. Foi pós-doutoranda e, posteriormente, pesquisadora principal do Fermi National Accelerator Laboratory (Fermilab/ EUA), um dos mais importantes centros de investigação sobre física de partículas do mundo, onde participou da criação de um dos maiores detectores de luz já feitos, o qual constitui em uma câmera de 570 megapixels instalada em um telescópio no Chile, auxiliando no mapeamento de milhões de novas galáxias no projeto Dark Energy Survey (DES) e, atualmente, coordena no DES uma equipe que busca a luz emitida por eventos que geram ondas gravitacionais.

Em 2017 quando foi anunciado em uma entrevista à National Science Foundation (NSF) a primeira observação da luz emitida na colisão de duas estrelas de nêutrons, Marcelle estava presente, sendo a única brasileira entre os 16 líderes de grupos de pesquisa.
No ano de 2019 a Fundação Alfred P. Sloan, a qual desde 1955 escolhe os mais proeminentes jovens cientistas para receber uma bolsa de US$ 70 mil para utilizar em seu trabalho, elegeu Marcelle como vencedora. Sua pesquisa visa compreender melhor a expansão acelerada do Universo, combinando sondas astrofísicas complementares usando dados de pesquisas cósmicas como o DES. Para se ter uma ideia da importância do prêmio, 47 dos vencedores da bolsa foram posteriormente agraciados com o prêmio Nobel. “É uma honra receber a Bolsa de Pesquisa Sloan”, disse Soares-Santos. “Encontrar-me ao lado das pessoas de destaque que foram reconhecidas ao longo dos anos é o que me deixa mais orgulhosa com esse prêmio.”
“Os Sloan Fellows se destacam pela criatividade, pelo trabalho duro, pela importância dos problemas que enfrentam e pela energia e inovação com as quais lidam com eles”, disse Adam F. Falk, presidente da fundação Sloan em um comunicado.

(Imagem: Marcelle e a câmera que ajudou a construir usada no projeto Dark Energy Survey)

Manuela Souza

Manuela da Silva Souza, 33, brasileira, é a primeira mulher e pessoa negra a ocupar o cargo de coordenadora do mestrado da UFBA. É formada em bacharelado em Matemática pela UFBA e pós-graduações também na UFBA, USP e UNICAMP, todas na área de Matemática, com interesse em álgebra.

Em entrevista à organização Gênero e Número em 2019 e segundo sua participação no documentário Potência N, Manuela conta que o fato de não saber quem, quantas são e onde estão as mulheres pesquisadoras negras foi o que lhe motivou a iniciar um trabalho individual em busca das mesmas. Até o momento da entrevista, o levantamento contava com 45 cientistas negras de todo o Brasil (sem informações de indígenas).

“Atuar na questão racial no Brasil é delicado. Nas ciências exatas e na matemática não se discute raça. Por isso esse mapeamento não foi apenas para uma questão estatística, mas para marcar presença e reivindicar espaço. E quando falo sobre isso, faço sempre questão de trazer o nome e sobrenome dessas cientistas, algo que sempre foi negado a pessoas negras”, conta Manuela à Gênero e Número.

“Quando você vai ascendendo, fazendo mestrado e doutorado, você passa a se ver cada vez menos. As minhas referências (na academia) eram homens brancos, certamente”, afirma Manuela.

Minidocumentário “Potência N”

De acordo com as publicações realizadas em 11 e 24 de outubro de 2018 nos sites serrapilheira.org e almapreta.com, respectivamente, apenas 3% do total dos docentes no Brasil correspondem a mulheres negras e com doutorado somam apenas 0,4% do corpo docente na pós-graduação em todo o país. Situação ainda mais expressiva na Matemática, um campo historicamente dominado por homens. Já é muito difícil termos referência de docentes negros nas universidades, ainda mais mulheres negras como professores. Desta forma, precisamos contribuir na divulgação daquelas que conseguiram ultrapassar as barreiras das discriminações racial e de gênero e se colocaram em uma posição de grande importância na sociedade. Desta forma, trouxemos o minidocumentário “Potência N” para que vocês tomem como referência o exemplo de mulheres incríveis que não desistiram de seus objetivos apesar das inúmeras dificuldades. 

“Potência N” foi desenvolvido em 09 de outubro de 2018 e conta a experiência de 20 mulheres matemáticas negras no Brasil. Destaca a produção acadêmica dessas mulheres e traz a perspectiva delas sobre a falta de referências negras no meio acadêmico e a importância de políticas públicas inclusivas, como a de cotas raciais. Além de acompanhar as pesquisadoras, o Potência N também apresenta dados e relatos de outras matemáticas de países da África e América do Sul. O minidocumentário é a segunda produção da ONG Gênero e Número sobre ciência e gênero realizada com o apoio do Instituto Serrapilheira. 

De acordo com a diretora de Divulgação Científica do Instituto Serrapilheira, Natasha Felizi: “Além das discussões científicas, existem outras discussões relevantes acontecendo na matemática, e uma delas é sobre a subrepresentatividade”, afirma. E destaca Giulliana Bianconi, codiretora da ONG Gênero e Número: “No jornalismo que fazemos, mostramos sempre os desafios para a equidade de gênero e raça, as violações de direitos, mas também narramos as potências continuamente, destacando protagonismos e cenários que mostram onde estão os avanços”.

O documentário pode ser encontrado neste link: https://serrapilheira.org/minidocumentario-expoe-realidade-de-20-matematicas-negras-do-brasil/.

(Manuela Souza, uma das matemáticas retratadas no Potência N)

Recepção dos ingressantes

  • Dia 2 de março de 2019, no IMECC e no IFGW
    Apresentação do grupo Elza para os alunos ingressantes durante a confirmação de matrícula
  • Dia 3 de março de 2019, às 11:30 horas no auditório do IMECC
    Apresentação do grupo Elza para os alunos ingressantes do curso de Estatística da UNICAMP.
  • Dia 3 de março de 2019, às 14:00 horas no  auditório do IMECC
    Apresentação do grupo Elza para os alunos ingressantes do curso 51 (Cursão) da UNICAMP.
  • Dia 3 de março de 2019, às 11:30 horas no auditório do IMECC
    Apresentação do grupo Elza para os alunos ingressantes do curso de Licenciatura em Matemática da UNICAMP.