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Sir WILLIAM K. HAMILTON nasceu em 04 de agosto de 1805 em Dublin, Irlanda, falecendo nessa mesma cidade em 2 de setembro de 1865. O jovem Hamilton poderia ser classificado como uma pessoa normal não fossem alguns fatos como, por exemplo, aos 5 anos de idade já ter aprendido Latim, Grego e Hebráico. Daí não é surpresa que a lingua francesa não tenha representado um obstáculo para estudar aos 13 anos o livro de Álgebra de Clairaut. Aos 15 anos estudou os trabalhos de Newton e de Laplace, tendo então encontrado um erro na monumental obra de Laplace "Méchanique Céleste". Com 18 anos passou a estudar no Trinity College, obtendo várias distinções. Como ninguém é de ferro, Hamilton tinha também outros interesses, um em especial que atendia pelo nome de Catherine. Enquanto tentava finalizar seus estudos e planejava seu futuro com Catherine, foi informado que ela iria se casar com outro homem, mais velho e com uma boa situação financeira. Desiludido, Hamilton não apenas teve seu desempenho nos estudos afetado como quase praticou o suicídio; acabou encontrado conforto nas poesias, cujo hábito de escrevê-las ele manteve até o final da sua vida quando diante de momentos de angústia. Apesar de apontado Professor de Astronomia do Trinity College com 21 anos, os interesses de Hamilton por astronomia foram secundários, o principal sendo a Matemática, que ele gostava de comparar em beleza com a poesia. Já trabalhando no Observatório, Hamilton casou-se literalmente com a primeira que apareceu! Segundo ele, se não era para ser com Catherine, então pouco importava com quem se casaria, e daí casou-se com Helen, que era a mulher disponível que morava mais perto do seu local de trabalho. Em 1834, ano do nascimento do seu primeiro filho, Hamilton publicou seu trabalho fundamental sobre Mecânica, com resultados que hoje nos referimos como formulação hamiltoniana e a formulação de Hamilton-Jacobi. Em 1835, quando já procurava por uma generalização do sistema dos números complexos, nasceu seu segundo filho. Sérios problemas matrimoniais e a sua frustração por não encontrar essa generalização leveram Hamilton à bebida. Mas em 16 de outubro de 1843, enquanto caminhava para presidir uma reunião da "Royal Irish Academy", Hamilton teve a revelação: a generalização tão arduamente procurada dos números complexos deveria envolver três e não duas quantidades. Nesse momento Hamilton atravessava a ponte Brougham e com seu canivete escreveu nas pedras dessa ponte: i2 = j2 = k2 = ijk = -1. Hamilton denominou essa generalização dos números complexos como "quaternions". Apesar do seu achado, os problemas de Hamilton com a bebida não terminaram aí uma vez que em 1845 ele teve um reencontro com Catherine, que faleceu duas semanas após Hamilton ter enviado a ela uma cópia do seu primeiro livro sobre quaternions, "Lectures on Quaternions". O resto de sua vida ele dedicou ao estudo e desenvolvimento dos quaternions e faleceu quando terminava o ultimo capítulo do seu outro livro, "Elements of Quaternions".